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Posted by : CP2SC3
terça-feira, 13 de junho de 2017
1ª SÉRIE DO ENINO MÉDIO
1ª CERTIFICAÇÃO
LÍNGUA
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PRESSUPOSTOS
DE ABORDAGEM
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I. A Comunicação Humana
I.1 – Sociedade e Cultura;
I.2 – Linguagem e Língua;
I.2.1 – Sistema-norma-fala;
l.2.2 – Linguagem verbal e
não verbal.
I.3 – Elementos da
Comunicação / Funções da Linguagem
I.4 – Variabilidade linguística – o preconceito linguístico.
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Reflexão sobre a comunicação humana, levando os
alunos a construírem os diferentes conceitos de linguagem e língua e a
perceberem a estruturação desta como sistema.
Reflexão sobre as formas de comunicação verbal e
não verbal, bem como sobre seus elementos constituintes, e sobre sua
importância na construção das diversas representações sociais e culturais,
considerando a intencionalidade discursiva dos falantes/produtores de texto.
Reflexão sobre a variabilidade linguística, como
fenômeno natural e intrínseco, confrontando a existência de uma forma
linguística única, ideal e correta. Consideração da língua como meio
eficiente de persuasão e de dominação do outro. Proposição do preconceito
linguístico como mais uma das formas perversas de discriminação social,
sobretudo em relação às pessoas de baixa renda, que não têm acesso ao saber
institucionalizado de qualidade.
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LITERATURA
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PRESSUPOSTOS
DE ABORDAGEM
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I.
Arte e Literatura
I.1 – Conceituação de Arte e de Literatura
I.2 – Texto literário e não literário
I.2.1 – Denotação e Conotação
I.2.2 – Figuras de Linguagem (metáfora,
metonímia, ironia, personificação, hipérbole e eufemismo)
I.3 – Gêneros Literários
I.3.1 – Conceituação dos gêneros
I.3.2 – Estudo do Gênero Narrativo
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Apresentação da Literatura como manifestação
artística, atemporal, embora relacionada ao espaço e ao tempo de sua criação.
Apresentação dos conceitos de estilo de época e de estilo individual.
Retomada dos conceitos de denotação e de
conotação e de figuras de linguagem já trabalhadas no Ensino Fundamental. É
importante escolher textos nos quais sobressaiam as figuras escolhidas para a
1ª certificação, não inviabilizando que outras também sejam mencionadas.
Como, na 2ª certificação, os gêneros literários
serão aprofundados, basta, nesse momento, que sejam apresentadas diferenças
básicas entre os gêneros, e que seja dada atenção especial para o gênero
narrativo e seus elementos constituintes. Podem ser utilizadas narrativas
curtas, como contos, ou mesmo romances, como os clássicos universais.
Sugere-se, ainda, o trabalho com a literatura africana. A lista de leituras será feita com
sugestões das equipes do departamento, a partir de trabalhos desenvolvidos em
sala de aula.
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REDAÇÃO
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PRESSUPOSTOS
DE ABORDAGEM
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A
produção textual priorizará a construção de textos narrativos,
preferencialmente relacionados às leituras propostas.
OBS.: Sempre se fará, em sala de aula, a revisão da morfossintaxe
trabalhada no Ensino Fundamental, como parte integrante do processo de
correção das redações.
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É importante valorizar a criatividade e o
ludismo, visto que, nas demais séries do Ensino Médio, o aluno lidará, na
maior parte do tempo, com textos dissertativo-argumentativos.
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2a série
LÍNGUA
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PRESSUPOSTOS DE ABORDAGEM
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1.
Sintaxe e construção de sentido
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Introdução
ao que seja Sintaxe. Distinções e interações entre Sintaxe, Morfologia e
Semântica. O estudo da sintaxe como
organização, estruturação e funcionamento das construções vivas da língua a
permanente serviço da significação.
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2.
Coordenação e subordinação no período simples
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Apresentação
partir de estruturas inter e intrassintagmáticas. Importa aqui perceber que acoordenação dá-se entre termos de mesmo
valor sintático ou de status funcional
equivalente. Assim, um sujeito
composto, por exemplo, nada mais é do que um sujeito de núcleos coordenados.
Em uma construção dita bitransitiva, os dois complementos verbais estariam
também coordenados entre si. Em um sintagma nominal, ainda exemplificando, os
adjuntos adnominais estariam coordenados entre si, embora subordinados,
obviamente ao núcleo. E eis que tratamos da subordinação entre termos simples, sempre verificada em situações que
envolvam hierarquia funcional. É preciso apontar que toda relação de concordância, por exemplo, implica subordinação, assim
como se verifica quanto aos vínculos ditos de regência, sejam verbais ou
nominais.
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3.
Morfossintaxe: revisão e aprofundamento dos termos da oração
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Os termos devem ser vistos
dinamicamente, a partir de (con)textos, os mais diversos possíveis, quanto ao
gênero (incluindo aí, orais e virtuais), atentando-se aos
“triviais”, cotidianos. Deve-se tratar aqui não só dos termos simples, mas também dos oracionais. Desde já, a
perspectiva de expansão e redução sintática entre estruturas simples e
oracionais é uma habilidade a ser desenvolvida/aprimorada.
É
importante que se consiga prestigiar a “língua viva” em contrapontos com a
norma padrão. A divisão da NGB, nesse sentido, é, portanto, um ponto de
problematizações, não uma lista a ser seguida para estudo dos termos. Tal
problematização já é observada na própria terminologia, em incoerências
descritivas/analíticas, com vistas a “dessacralizar”
a gramática tradicional e, por extensão, a própria língua padrão, embora lhe
resguardando centralidade como meta a se dominar, em vista de seu valor
social.
No estudo dos termos da oração,
pode-se a partir do estudo do sujeito e da transitividade verbal, abarcando,
metonimicamente o próprio predicado, recobrir o conjunto dos itens a serem
estudados.
Quanto
ao sujeito, desde as orações sem sujeito, passando por tipologias de sujeito,
um enfoque útil é o da agentividade
plena vs. as diversas estratégias
para ocultar agente no português, em uma rede gradual. Em nossa língua, a
agentividade plena é tão crucial que remete até a construções de agentividade
figurada:
· ao
lado de Choveu muito, tem-se, mais
comumente até, Caiu uma baita chuva, em
que não só se “cria” um “agente” para a oração como também se aumentam as
capacidades de descrição/caracterização do fato pela estrutura dual
sujeito-predicado, inexistente na primeira oração. O mesmo ocorre com Bateu um ventão danado, em lugar de Ventou muito e assim por diante.
No
outro polo, encontram-se construções várias em que o agente é, gradualmente,
desde ocultado (não confundir com o sujeito elíptico, uma questão do plano da
coesão e do estilo) a suprimido, em construções:
· ditas
com “sujeito indeterminado”: aqui vale explorar
as distinções entre as duas construções ditas de indeterminação, a de 3ª do
plural mais comum e narrativa e a de 3ª do singular mais formal e
argumentativa;
· passa
pelas passivas, em seus diferentes modelos, em que, mais do que a conversão
estrutural, importa observar e compreender os valores discursivos das vozes
verbais, de papel crucial para a argumentação;
· ocorre
nos usos expletivos de você e a gente, em papel
generalizador/indeterminador, como em Hoje,
você não tem mais a paz de outros tempos;
· em
orações com sintagmas nucleados por pronome ou substantivo de valor
indeterminador, vago, genérico: alguém,
o povo, a galera, geral, neguinho, etc.
· emorações
com sintagmas de estruturas
tipicamente brasileiras, em que o sujeito, semanticamente, representa o ser
afetado, como emO vaso quebrou/ O
quarto bagunçou todo, etc, em
que mesmo com o sujeito determinado explicitíssimo, há total apagamento de
marcas de agentividade.
Já
no plano da(s) transitividade(s),
importa focar o papel absolutamente central do elemento verbal para o mundo
da sintaxe, mesmo que se trate de verbos ditos “de ligação”. O estudo da
transitividade deve apontar para uma língua constituída em feixes gradativos
e não em pontos discretos, ou seja, há verbos, dentre outras possibilidades,
mais tipicamente intransitivos do que outros. Morrer, em português, é um verbo muito mais exemplar da
intransitividade do que estar em
valor locativo, por exemplo. Obviamente, isso leva a toda uma discussão sobre
a distinção entre complementos e
adjuntos e à consequente problematização do próprio conceito de adjunto.
Retornando aos verbos relacionais, convém atentar ao marcado papel
enunciativo do predicativo.
Por
fim, o estudo dos termos da oração não pretende nem deve ser uma tabuleta de
distinções inócuas entre funções no abstrato, como tradicionalmente se vê
(caso clássico de adjunto adnominal vs.
complemento nominal). Por isso, de antemão, em nossa abordagem, aposto e
vocativo não se confundem em nada. Aquele é um termo de natureza explicativa―
o que será retomado em outros momentos, tanto em estudos de Língua quanto de
Redação no que se refere à pontuação, mais especificamente; este sequer é um
termo da oração propriamente, pois antes é discursivo, prescindindo de
articulação verbal para se configurar.
Não
se perca de vista que devemos objetivar o
estudo da língua, não da Gramática, em perspectiva claramente reflexiva de
modo a que os estudantes possamse
assenhorar de sua própria língua.
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Termos essenciais
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Termos integrantes
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Termos acessórios
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LITERATURA
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1.
O projeto romântico e o projeto de construção da identidade nacional
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Contextualização histórica e estética
do Romantismo, em geral e no Brasil. Partindo-se da Revolução Francesa e sua proposição
de ideais a atravessar o Atlântico, avolumando-se à Independência brasileira, antecedida e impulsionada pela chegada
da família real.A partir daí, configura-se um projeto de nação brasileira a qual ainda guarda uma série de permanênciasdentre nós. Além dessa,
importamvários outros valores de mundo românticos que prosseguem, não raras
vezes, intensos, em nosso mundo. Além da percepção apontada, interessa
também, claro, a linguagem romântica, com atenção à delineação de português
brasileiro que aí começa a tomar corpo, com status literário, como parte do projeto de “brasilidade” do Romantismo.
As
vozes inauditas no Romantismo:
- a questão indígena no Brasil e o
indianismo romântico, em verso e em prosa, com a construção do papel da
idealização romântica para afastar ainda mais os indígenas da sociedade
brasileira, em uma reflexão que, minimamente problematize a situação desses
povos ao longo da história e hoje, caracterizando a o “invisível” racismo
anti-indígena em nossa sociedade;
- o lugar da mulher na sociedade brasileira
na segunda metade do século XIX, tanto no que se refere à idealização
romântica quanto aos valores de sociedade;
- as lutas abolicionistas e a presença
afrodescendente: elementos de configuração, personagens, autoria
(discussão a ir além do Romantismo, obviamente).
As
muitas caracterizações da natureza
romântica: da pujança da 1ª geração ao refúgio ultrarromântico. E, por
ocasião deste, a 2ª geração romântica
enfocada como ápice de um lirismo profundamente individualista, a reverberar as decepções de mundopelos ideias
tantos não cumpridos pela promessa de um novo mundo no raiar do séc. XIX. Daí
o escapismo exacerbadíssimo, irreversível e inconciliável com o mundo e
qualquer mínimo desfrute que possa proporcionar, mesmo a suprema amada,
inatingível sempre, retroalimentando, esteticamente, sofrer e desgosto
irrefreáveis. Ainda importa daí, em termos profundamente artísticos, toda a
caracterização da literatura gótica em termos de ambientação, vocabulário,
campos semânticos, situações arquitetadas, etc.
Especificamente,
no que diz respeito à prosa, atentar ao papel
da leitura em nova configuração na sociedade brasileira (desde a chegada
da família real), o papel destacado do
folhetim e do próprio romance romântico em si. A formação de um público
leitor no Brasil também é um fenômeno relevantíssimo a ser compreendido
em sua importância e consequências.
Por
fim, a apresentação de um breve painel
acerca do teatro romântico brasileiro, por sua importância fundadora
histórica.
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1.1. A poesia romântica
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1ª Geração
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2ª Geração
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3ª Geração
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1.2. A prosa romântica*
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1.3. Teatro romântico
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REDAÇÃO
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1.
Painel de gêneros argumentativos
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Apresentação
genérica de exemplário da extensão de
formatos argumentativos, cabendo também os orais. A seleção pode ser
bastante livre, mas é importante que os gêneros de trabalho das três
certificações estejam presentes. É importante destacar, daí, distinções
formais/estruturais, bem como atentar para quem seja o leitor de cada gênero,
distinguindo-se, categoricamente, leitor de corretor.
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2.
Aspectos gerais do texto argumentativo
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Distinção
básica entre exposição e argumentação.
Aspectos do desenvolvimento
argumentativo, em termos gerais: dedução, indução/ tese-argumento e
argumento-tese..
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3.
Dissertação (escolar)
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A
partir do modelo consagrado de dissertação em concursos. Identificação das partes do texto dissertativo,
estratégias de produção de parágrafos dissertativos, em função disso.
Conceito de Tópico Frasal.
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3a série
1ª
CERTIFICAÇÃO
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LÍNGUA
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I. Variabilidade linguística: a “norma
brasileira” e sua influência no Modernismo de 22.
II. Colocação pronominal.
III. Morfossintaxe: revisão do período
simples e composto, conforme necessidades ligadas à produção do texto
argumentativo.
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LITERATURA
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I. Breve revisão da produção
literária da segunda metade do século XIX.
II. A transição da arte tradicional
para a arte modernista: o Pré-Modernismo.
III. Vanguardas europeias.
IV. Introdução ao estudo da 1ª fase
do Modernismo: a Semana de Arte Moderna e seus antecedentes; a linguagem
modernista.
O trabalho com a 3ª série volta-se para dois principais objetivos: a
conclusão do Ensino Básico e a preparação do estudante para a vida acadêmica
e/ou profissional e para o exercício pleno e crítico de sua cidadania. Uma vez
que tais objetivos não se opõem, ao contrário, estão intimamente ligados,
entende-se que este é um momento privilegiado para que sejam revisados
conteúdos já trabalhados ao longo de sua escolaridade, ao mesmo tempo que
outros vão sendo apresentados, ampliados e aprofundados.
Ao
pressupor como válidos os objetivos acima apresentados, pode-se trabalhar,
nesta série, permanentemente, em uma perspectiva de avanços e retomadas,
levando o discente a concluir sua formação de “leitor crítico e proficiente,
capaz de perceber aspectos relacionados à dimensão discursiva e
inter-relacional, e de produtor competente nas diversas situações sociais de
uso da língua”; além de, como leitor(a), ser capaz de reconhecer, no texto
literário, suas especificidades de manifestação artística, consolidando, assim,
os objetivos do ensino da nossa disciplina.
Dentro
dessa perspectiva, propõe-se que, nas primeiras aulas do ano, a partir da
leitura e da análise dos textos trabalhados em sala, seja feita uma breve
recapitulação/revisão dos conteúdos que constituem pré-requisitos para o
desenrolar do programa ao longo do ano. Trata-se de (re)lembrar, de acordo com
as demandas da turma, itens
programáticos tais como: gêneros literários, com destaque para a análise dos recursos formais da poesia e dos
elementos estruturais da narrativa; denotação e conotação; funções da linguagem
e figuras de linguagem. Se necessário, podemos também retomar o estudo da
tradição literária brasileira como forma de embasar o aprendizado dos novos
conteúdos, a saber: o Pré-Modernismo, o Modernismo e as tendências
contemporâneas.
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